quarta-feira, 16 de março de 2011

"A sociedade não vê a dependência química como uma doença", diz especialista!

"A sociedade não vê a dependência química como uma doença", diz especialista

Diretor da Clínica Viva falou à Banda B sobre possibilidades de tratamento para usuários de drogas

Redação

Relatórios divulgados pela ONU no final desta década mostram que o Brasil está entre os países com o maior número de usuários de drogas do mundo. Além disso, a grande maioria dos crimes que ocorrem, por exemplo, em Curitiba, tem como motivação os entorpecentes.  Mas o que fazer ao descobrir que alguém da família é dependente químico? A melhor alternativa é buscar tratamento médico adequado, mas, apra isso, é preciso primeiro, aceitar que a dependência química é uma doença. "No Brasil, a maioria da população vê o dependente químico como um delinquente, como um bandido, e isso não é verdade. É preciso ter a visão de que a dependência química é uma doença e, como tal, precisa ser tratada. Costumo encontrar pais e mães no auge do desespero por não compreenderem que o filho está doente e que precisa de ajuda profissional. É aí que entra um projeto terapêutico específico voltado para a doença", explicou o Diretor Presidente da Clínica Viva, Inácio Marchette, em entrevista à Banda, no Programa Luiz Carlos Martins, ao vivo, na última terça-feira (15).
Portal Banda B
De acordo com Marchetti, num primeiro momento, ao se deparar com um caso de drogas na família, costuma vir a fase da negação. "Todos acreditam que esse problema do uso de drogas acontece sempre no vizinho e nunca na própria casa. Vem então a fase da negação, igual ao luto. E isso só agrava o problema. É preciso ficar atendo e encarar a doença", afirmou. "A mudança de comportamento do usuário é evidente. Ele fica rebelde, busca o isolamento familair, tudo para evitar encarar o problema. Só é preciso ter cuidado para não confundir a rebeldia comum de adolescentes com o uso de drogas. Por isso, o ideal é sempre buscar ajuda profissional", alerta o diretor.

Na entrevista, o diretor explicou que a Clínica Viva oferece tratamento individual personalizado, com possibilidade de assistência especial para familiares. O tratamento pode ser com internamento voluntário ou involuntário. "Há casos em que é indicada a internação involuntária porque o usuário não tem a percepção do que está acontecendo com ele, principalmente com o crescimento do crack. Nestes casos, alguém tem que agir, e a lei da psiquiatria permite isso, do contrário a pessoa pode até ir a óbito. Internação involuntária é recomendada quando a pessoa coloca em risco a própria vida ou a dos outros, é resistente a qualquer tipo de tratamento ou já passou por vários sem resultado. Na Viva temos várias unidades específicas para cas os mais graves", disse o diretor.

Tratamento ambulatorial

Há ainda a possiblidade do tratamento ambulatorial, com duração de 3  a 12 meses. "Usamos um processo de Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) chamado de "Personal Care", que tem um custo menor que a internação e, dependendo do caso, pode trazer até resultados melhores. É que muitas vezes, é mais fácil convencer o usuário da necessidade do tratamento se for feito em ambulatório, geralmente uma vez por semana", explicou Marchette.

A Clínica Viva tem unidades em seis cidades de São Paulo, duas no Paraná, um em Santa Catarina, na capital de Minas Gerais e em Brasília. O tratamento sem internação em Curitiba pode ser realizado na clínica do Viva, localizada na Rua Desembargador Vieira Cavalcante, 822. “Neste ambulatório temos um tratamento terapêutico que é voltado para o combate ao vício, visando recuperar o dependente aliando a terapia com a questão medicinal. Em Curitiba o a nossa clínica faz o tratamento Personal Care e o Family Care, este último para a família do dependente que também é atendida. Estas consultas são periódicas de no máximo uma hora”, explicou Inácio Marchette.

O diretor contou que os resultados obtidos pelo tratamento são excelentes. “Em nosso próprio site temos relato de pessoas que se curaram. O tratamento tem um custo elevado porque demanda uma quantidade grande de profissionais. Por ser uma questão de saúde não pode-se garantir que teremos 100% de eficiência, mas com certeza oferecemos o que existe de melhor nesta área, tanto na questão dos profissionais como na infraestutura”, descreveu. Para aqueles que não podem pagar pelo tratamento a própria Clinica Viva oferece um site com clínicas gratuitas que atendem em todo o Brasil. “O site guia de clínicas é o www.clinicasderecuperacao.com.br - Este endereço é um serviço que prestamos a quem não tem condições financeiras para financiar o tratamento”, finalizou Marchette.

Serviço
Clínica Terapêutica Viva
R. Desembargador Vieira Cavalcante, 822 - Bairro Mercês
Telefone: (41) 3081.466
Plantão 24 horas: (41) 7818.2663
Site: http://www.ctviva.com.br

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